
Servidores da Saúde retornam hoje ao trabalho após 38 dias de greve. Em assembleia realizada ontem pela manhã, no Hotel VillaOeste, os grevistas decidiram pelo fim da paralisação. A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM), Marleide Cunha, fala que não foram atendidas todas as reivindicações que a categoria queria, mas a maioria decidiu aceitar as propostas.
Na terça-feira, 21, os servidores enviaram uma contraproposta para a Prefeitura Municipal de Mossoró e ontem votaram uma nova proposta encaminhada pelo governo municipal aos servidores, que foi aceita pela maioria na assembleia. Marleide ressalta que a população sofria as consequências da paralisação e a categoria entendeu que já era hora de parar o movimento, até mesmo para não enfraquecê-lo.
Os grevistas conseguiram insalubridade com base de cálculo sobre o salário-base para maio de 2015. Esta foi a principal reivindicação durante a greve. Também conseguiram o pagamento do piso nacional dos agentes comunitários de saúde e endemias em início de carreira para R$ 1.096,00; reajuste do teto do auxílio-transporte, que estava congelado há três anos, para R$ 1.576,00; e gratificação de 50% do salário-base para plantões para a partir de agosto de 2015. No entanto, ainda continuam as conversas em relação ao Plano de Carreiras.
Em greve desde o dia 15 de setembro, os servidores fizeram até bolo de aniversário da paralisação em frente à Prefeitura. Na semana passada também acamparam em frente ao Palácio da Resistência. A greve paralisou diversos serviços nas Unidades Básicas de Saúde, como vacinação, entrega de medicamentos, curativos, atendimento médico, entre outros.
Durante a mobilização, os grevistas da Saúde tiveram o apoio dos fiscais ambientais e urbanísticos, que ainda estão em greve desde o dia 8 de setembro. Eles reivindicam o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração. Profissionais de nível superior ganham menos de R$900, igual aos servidores de médio. “São profissionais de nível superior, alguns com mestrado, ganhando R$ 850,00 por mês”, lembra a presidente. Com a paralisação, estão suspensos os serviços de multas, embargos, interdições de obras, emissão de certidão de números, pareceres de característica e habite-se.
A presidente do Sindiserpum acredita que o caso dos fiscais ambientais e urbanísticos seja também resolvido em breve e a paralisação da categoria também tenha fim. “Não é interessante para a Prefeitura terminar uma greve e continuar outra”, fala.
Fonte: Gazeta do Oeste