Brinquedo na Cidade da Criança requer atenção e prudência do condutor

Acidente com visitante que usou triciclo alerta para o uso correto do equipamento

Foto: José Aldenir

Foto: José Aldenir

Roberto Campello

Um dos brinquedos mais procurados na Cidade da Criança, o triciclo, proporciona ao condutor uma sensação de liberdade, aventura e adrenalina, principalmente nas descidas, quando o brinquedo chega a atingir uma velocidade de até 40 km/h, e nas curvas. São pouco mais de dez minutos, três voltas por R$ 15,00. Na última semana, o brinquedo ganhou mais evidência quando um senhor identificado como Ednaldo Pereira de Souza, de 68 anos, sofreu um acidente enquanto passeava com a família.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, ele brincava em um triciclo quando o brinquedo virou em uma curva sobre os passageiros. Assustado com o acidente, Ednaldo Pereira de Souza cobra as autoridades uma maior fiscalização quanto a manutenção dos brinquedos e medidas de controle que garantam mais segurança aos usuários. “Não quero apontar responsabilidades, mas uma coisa é certa, o triciclo não é um brinquedo adequado a Cidade da Criança e assim como aconteceu comigo poderá causar graves acidentes com outras pessoas. Além do espaço estreito para andar, o triciclo ainda desenvolve grandes velocidades”, disse Ednaldo.

O administrador da Cidade da Criança, Vatenor de Oliveira, explicou que os triciclos assim como outros brinquedos disponíveis no local são de responsabilidade de uma empresa particular que teve a concessão da Fundação José Augusto para funcionar nas dependências da Cidade da Criança. “A nossa responsabilidade é com a estrutura da Cidade da Criança e ainda não houve nenhum incidente no local, até porque abrimos há pouco mais de três meses”, explica Vatenor.

O instrutor Jusseu do Nascimento explicou que no dia do acidente foram passada todas as orientações de segurança ao senhor e após o acidente foi oferecido os primeiros socorros, já que há uma pequena maleta no local, bem como levá-lo ao Pronto Socorro, mas ele recusou.

“O que estava a nossa disposição nós fizemos. Orientamos e demos todas as instruções, principalmente para não frear bruscamente e ter cuidado com as curvas, mas infelizmente aconteceu esse triste acidente. Mas foi o único. Até agora não recebemos reclamação sobre os riscos, apenas elogio, porque o brinquedo é muito bom e divertido”, afirma o instrutor.

Os triciclos têm capacidade para até dois adultos e duas crianças pequenas, com tração nas duas rodas traseiras independentes para dois adultos pedalarem lado a lado. Há um freio junto ao volante do condutor e o freio de mão, localizado entre as cadeiras. Assim que alguém procura informações a respeito do triciclo, Jusseu do Nascimento explica todas as normas de segurança a serem seguida no brinquedo durante o passeio.

“É um brinquedo para todas as idades, mas precisa de atenção e cautela. Não pode frear bruscamente, principalmente nas curvas, pois o triciclo pode virar e sempre orientamos isso aos clientes. Além disso, temos cintos de segurança para aqueles que desejam aproveitar o passeio com mais segurança”, afirma.

Henrique Costa aproveitou a manhã desta quinta-feira (8) para conhecer o passeio de triciclo na companhia do filho Lucas Costa, de sete anos, e a mãe Lívia Rebouças. “Não temos do que reclamar, pois recebemos todas as explicações necessárias de segurança. Eu gosto de velocidade, mas pilotamos com muita prudência, atenção e cuidado. É um passeio tranqüilo, a velocidade e os riscos dependem do condutor”, analisa Henrique Costa. O pequeno Lucas Costa gostou tanto que pretende voltar outras vezes.

O funcionário público Guilherme Parente aproveitou as férias e levou os três filhos para passear no triciclo. Quase sem fôlego após as três voltas, Guilherme considerou o brinquedo seguro, deixando, inclusive, seu filho de dez anos, Guilherme Lourenço, pilotar o triciclo sozinho.

“Riscos existem como no trânsito ou em qualquer outro lugar, mas depende muito da forma como conduzimos o veículo. Achei seguro e tranqüilo, principalmente se seguirmos as dicas que nos são passadas, além disso, os equipamentos são novos e a adrenalina e diversão compensam bastante”, afirma o funcionário público Guilherme Parente.

FONTE: O Jornal de Hoje.