Serquip retoma serviço de coleta do lixo hospitalar

A coleta de lixo hospitalar da rede estadual foi regularizada nessa quinta-feira (8) após dez dias sem o serviço. O Governo do RN se comprometeu em repassar o pagamento dos serviços referentes aos últimos quatro meses. A dívida soma R$1,27 milhão e motivou a suspensão das atividades da empresa responsável pela coleta, a Serquip Tratamento de Resíduos.

Júnior SantosGiselda juntou 27 bombonas em dez dias. Coleta foi feita ontemGiselda juntou 27 bombonas em dez dias. Coleta foi feita ontem

De acordo com o gerente administrativo da Serquip, Klebio da Câmara, as Secretarias de Saúde e de Planejamento e  Finanças e da Administração e  Recurso Humano prometeram que o mês de setembro será pago na próxima segunda-feira (12). O restante da conta (outubro, novembro e dezembro) deve ser parcelado, enquanto janeiro deve ser pago normalmente, na primeira semana de fevereiro.

A dívida é apenas do Estado. Os 50 funcionários que trabalham por todo o estado cuidando desse tipo de lixo continuaram recebendo seus salários.

A coleta de lixo hospitalar  foi suspensa em todas as 40 unidades de saúde da rede estadual. Dezoito delas são da Grande Natal. O Hospital Infantil Varela Santiago chegou a acumular quase uma tonelada de lixo hospitalar nesse período. Trinta e quatro bombonas (reservatório plástico) foram recolhidas com 952 quilos de resíduos na manhã de ontem (7).

De acordo com o gerente administrativo e financeiro do hospital, Francisco Régis, a situação já era preocupante. “Por se tratar de material infecto-cortante sempre oferece algum risco. Esperamos que a situação tenha sido normalizada mesmo”, disse.

No Hospital Walfredo Gurgel, o volume é ainda maior. De acordo com a Serquip, foram necessários três caminhões para a limpeza. O hospital negou, dizendo que a coleta estava ocorrendo a cada dois ou três dias.

O Hospital Giselda Trigueiro juntou 27 bombonas em igual período. Lá, a coleta foi realizada no final da tarde de ontem.

Com o acordo do governo, também deve ser feito o pagamento das empresas terceirizadas JMT e Safe, prestadores de serviços de mão de obra em nutrição, serviços gerais, transporte de macas (maqueiros) e higienização nos hospitais.