Clima prejudica qualidade de hortaliças e preços baixam

Entre as hortaliças analisadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a alface, batata e cenoura tiveram reduções consideráveis de preço nas principais ceasas do país em fevereiro. O motivo está na baixa qualidade dos produtos, causada pelo excesso de chuvas e de calor nas principais regiões produtoras. A tendência é que esta queda de preços também alcance o consumidor final, que terão legumes menos vistosos, porém mais baratos.

Os dados estão no 3º Boletim Hortigranjeiro, divulgado pela Conab nesta quinta-feira (15), que inclui os preços de diversas variedades de produtos e a comercialização nas grandes cidades. As informações foram captadas nas centrais de abastecimento de oito estados brasileiros.

A pesquisa também mostra que o tomate, depois de apresentar altas significativas em meses anteriores, já começou a diminuir os preços em alguns mercados. A batata registrou queda de preços na quase totalidade dos mercados, com exceção da capital paulistana onde ocorreu certa estabilidade (aumento de 0,98%) e no mercado fluminense onde o declínio foi de apenas 1,26%. Nos demais mercados as quedas das cotações ficaram entre 4,17% em Brasília e 18,12% em Goiânia.

Quanto à cenoura, as cotações caíram em todos os mercados. A maior queda foi em Goiás (26,60%) e a menor em Minas Gerais (6,34%). A exceção entre as hortaliças foi a cebola, que teve aumento em todos as centrais de abastecimento.

Frutas – Em relação aos preços da banana, houve alta em cinco estados analisados, tendência marcante desde o mês de dezembro, com destaque para o Espírito Santo  (5,49%) e Pernambuco (25,40%), com registro de queda apenas na CeasaMinas (12,88%). A melancia teve alta de preços em seis Ceasas, principalmente no Distrito Federal (46,05%) e Ceará (23,07%).

Mais uma vez salvando o bolso do consumidor, os preços do mamão em fevereiro registraram quedas de dois dígitos, em especial na Ceasa/GO (26,24%) e Ceasa/DF (24,51%).

Este estudo é realizado mensalmente pela Conab. A análise é feita a partir de produtos com maior representatividade na comercialização efetuada nas centrais de abastecimento e que registram destaque no cálculo do índice de inflação oficial, o IPCA. Para esta edição, foram considerados os entrepostos dos estados de SP, MG, RJ, ES, CE, PE, GO e DF.

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