O recorte deste ano do Prêmio Hangar contempla mais de 40 artistas, bandas e projetos dos mais variados estilos que foram indicados nas 12 categorias competitivas. A banda Talma & Gadelha é a campeã de indicações, 4 (disco, música, banda do ano e videoclipe), além da indicação de Luiz Gadelha na categoria Letrista/Compositor do Ano. Outros nomeados são Potyguara Bardo (Revelação e Música e Disco), Yrahn Barreto (Disco, Letrista e Intérprete), Mestre Zorro (Letrista e Disco), Luísa e Os Alquimista (Show e Banda), Valéria Oliveira (Show e Intérprete) e Antoanete Madureira (Disco e Intérprete).
Idealizador e produtor do Prêmio, Marcelo Veni acredita que a lista de indicados faz um recorte positivo da produção musical de 2018, contemplando veteranos, estreantes e nomes emergente nos mais variados gêneros. Veni também ressalta a força dos sons da periferias com indicados como o projeto Batalha do Vinho e o MC Teagacê. “A Batalha do Vinho é algo fantástico, tem reunido bastante gente na Zona Norte. Outro destaque é o Teagacê, que inclusive já passou pela Batalha do Vinho. Ele lançou neste ano 126 músicas nos canais dele na internet. Vai levar a família pela primeira vez ao teatro”, conta o produtor, que também atenta para o aspecto de representatividade. “Algumas indicações refletem esse momento de empoderamento que vivemos. Temos a Potyguara Bardo, a Kaya Conky, a música “Trans” do Talma & Gadelha, o clipe “Sigo Livre” da Fernanda Azevedo, que discute os padrões do corpo feminino. E todos foram lembrados por merecimento”.
Veni lamenta que a música potiguar autoral não tenha tanto espaço nas rádios locais – com exceção da FM Universitária, que é bastante aberta a produção do RN. Nesse sentido, ele explica que os principais termômetros para as indicações são os canais de música dos artistas, as apresentações ao vivo e os concursos de música. “Festivais como o Forraço, por exemplo, têm um peso grande no nosso mapeamento, porque você vê que as músicas vencedoras passaram por etapas de avaliação e foram testadas com o público”, diz o produtor.
Samba
“Em 2008, lá no Teatro Alberto Maranhão, também homenageamos o samba. Desta vez o samba está mais representativo. Tem artista do samba indicados em categorias importantes: como produtor musical, melhor disco, letrista”, comenta Marcelo Veni. “A movimentação do samba se espalhou pela cidade. Está acontecendo em locais fechados e abertos. Criamos até uma categoria para mostrar os projetos que estão acontecendo”.
Como o tema é samba, o produtor também sentiu que poderia incrementar a programação com um show de encerramento com o carioca Dudu Nobre, que estará acompanhado do projeto Ribeira Boêmia – o grupo também comandará a roda de samba durante a premiação.
“No início do ano Dudu Nobre esteve por Natal, foi uma experiência boa com o Ribeira Boêmia. Então vimos a possibilidade de repetir essa parceria”, diz Veni. “O Hangar é um espaço diferente onde o público pode conhecer um pouco da cena musical da cidade num evento com formato de premiação, com apresentações especiais e ainda curtir o show de encerramento”.
Serviço
Prêmio Hangar de Música
Dia 3 de dezembro, às 20h
Teatro Riachuelo
Ingressos: R$ 40 (meia) e
R$ 80 (inteira).
Tribuna do Norte