Até pouco tempo, as mulheres não exerciam papel de destaque no mercado de trabalho porque, na verdade, elas pouco ocupavam os espaços que não fossem o ambiente privado da casa. Graças ao esforço das mulheres, movimentos feministas e as transformações do mercado, elas passaram a exercer cada vez mais importantes papéis profissionais, e ampliar sua representatividade em áreas que eram exclusivamente masculinas.
Na Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), além dos espaços administrativos, elas estão em funções que mesmo nas faculdades, ainda predomina a presença masculina. São engenheiras civis, engenheiras eletricistas, químicas que, mesmo sendo uma fatia pequena, ano a ano têm reafirmado a participação na empresa, derrubando tabus e consolidando a competência feminina para a gestão.
Fazendo um raio-x da presença feminina hoje elas correspondem a pouco mais de 10% da força de trabalho na Caern, levando em consideração apenas o quadro efetivo, ocupam 277 cargos na empresa. O número parece pouco, mas em uma empresa com um perfil histórico masculino, o quantitativo é significativo. Destas mulheres, 26 exercem papel de chefia, estando em funções como Assessora de Gestão Estratégica, Gerente de Regional, Presidente da Comissão de Licitações, Gerente de Relacionamento com o Consumidor, Gerente de Qualidade da Água, dentre outros.
Hoje, na Caern, a qualidade da água distribuída nas zonas Sul, Oeste e Leste da capital depende do trabalho atento e minucioso coordenado pela química Isabella Pereira, que é chefe da Unidade de Tratamento de Água Sul. Outro trabalho que envolve uma importante área da empresa, é a gestão da energia elétrica, onde outra mulher se destaca, sendo responsável por este insumo, é a engenheira eletricista Analuiza Nascimento.
O mais alto cargo na área de engenharia na empresa, também tem à frente uma engenheira, a diretora de empreendimentos, Geny Formiga. Além de gerentes e diretora na empresa, mulheres ocupam funções como operadora de Águas e Esgotos e leiturista, o que não ocorria há alguns anos. No setor de engenharia civil, elas estão em postos de diferentes níveis hierárquicos. São fiscais e gerentes de obras e de regional, projetistas.
É o caso da capital do Oeste, Mossoró, onde a gerência de obras é comandada pela engenheira Margarida Henriques. Por outro lado, há ainda espaços ocupados exclusivamente por mulheres, como os setores de arquitetura e de serviço social, que funcionam apenas com profissionais mulheres.
A isonomia de gêneros se dá desde o ingresso na Companhia, cuja admissão se dá por meio de concurso público. Assim, a perspectiva é que ao longo dos anos o perfil da empresa venha a ficar cada vez mais heterogêneo, possibilitando uma sociedade mais justa e igualitária e com ainda mais motivos para celebrar o dia 08 de março.