Passava das 18h horas, quando o pequeno Benjamim chegou ao mundo, na última segunda-feira (22). Saudável, nosso menino nasceu por cesária, com 3,8 kg e 55 cm. O parto foi realizado no Hospital Maternidade Divino Amor (HMDA), referência no nosso município em cuidados com a gestante e com o bebê.
Com uma média de sete partos realizados por dia, o HMDA está de portas abertas e conta com nove médicos efetivos, além dos cooperados, com duas salas de cirurgia, que passará em breve por ampliação, e um Centro de Recuperação Pós-cirúrgico (CRO) com cinco leitos.
De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (Sesad), a população estimada de grávidas em Parnamirim, atualmente, é de 1.661 mulheres. Para que tudo ocorra bem, é de extrema importância a realização do pré-natal.
A Prefeitura de Parnamirim disponibiliza o pré-natal nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e para as pacientes de alto risco, o próprio HMDA faz esse acompanhamento. A unidade realiza tanto o parto humanizado, que é o parto normal e também o parto por cesariana. Mas quando cada um deles deve ser realizado?
De acordo com as diretrizes nacionais previstas na Rede Cegonha, estratégia do Ministério da Saúde que visa implementar uma rede de cuidados para assegurar às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, a mulher deve ser estimulada ao parto normal.
Isso porque, ele oferece uma série de vantagens que vão desde a própria participação direta da mulher no seu trabalho de parto, passando pelo tempo de internação, que é bem menor e pelos riscos de infecção que também são inferiores.
Porém, em casos de complicações durante a gravidez, o médico que faz o acompanhamento pré-natal da mulher pode orientar a realização do parto por cesariana. Pode haver também a possibilidade de mesmo a mulher que não tenha complicações na gravidez, poder optar a cesariana, assegurando o seu direito de escolha.
A mamãe da Ayla, por exemplo, optou pelo parto humanizado. Desde 2011, como previsto em portaria do Ministério da Saúde, o HMDA realiza os partos nesse formato, que ocorre sem intervenção médica, se tornando mais humano. O papel da equipe é dar auxílio e acolhimento.
Muita gente acha que o parto humanizado só ocorre em casa, ou nunca banheira quando na verdade a humanização significa deixar que a mulher seja a protagonista da própria história, e que ela e o bebê se entendam e se ajustem para o nascimento do mesmo.
Nesse processo são realizadas medidas não farmacológicas para o alívio da dor e que também funcionam como estímulo para o processo do parto normal. O HMDA dispõe de um espaço com equipamentos como cavalinho, e bola do tipo utilizada em exercícios de pilates. introduzida como uma forma de ajudar a mulher a dar à luz de forma mais natural, além de outras atividades como escalda pés, banho de chuveiro, caminhada e ainda cromoterapia, musicoterapia e aromoterapia.
Uma equipe multiprofissional se dedica a esse momento todo especial da mulher. Participam do processo, profissionais como educador físico, fisioterapeuta, médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, psicólogos, assistentes sociais, incluindo ainda a figura da doula, profissional contratada pela própria mulher para acompanhar o trabalho de parto.
Embora exista todo esse estímulo e incentivo ao parto normal, os índices de partos por cesariana ainda são considerados muito altos. Nesse sentido, o HMDA tem promovido uma série de iniciativas, como rodas de conversas, capacitações e reuniões sobre boas práticas e humanização do nascimento como forma de estimular cada vez mais mulheres a optarem pelo parto normal.