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Rússia diz que atingiu armas dos EUA e da Europa em ataque com mísseis na Ucrânia

EUA e seus aliados europeus forneceram grandes quantidades de armas a Kiev, incluindo drones e mísseis antiaéreos e antitanque
Alov militar ucraniano que a Rússia alega ter atingido Foto: Reprodução/Twitter
Alov militar ucraniano que a Rússia alega ter atingido Foto: Reprodução/Twitter
MOSCOU — O Ministério da Defesa da Rússia disse, nesta quarta-feira, que seus mísseis Kalibr atingiram um depósito de armas na região de Zaporíjia, no Sudeste da Ucrânia, que abrigaria armas dos EUA e de países europeus. A suposta ação ocorreu no mesmo dia em que Moscou cortou o fornecimento de gás para Polônia e Bulgária, uma decisão que a União Europeia classificou de chantagem.

O ministério — que afirmou que sua força aérea destruiu 59 alvos militares ucranianos durante a noite — disse que os mísseis “destruíram hangares com um grande lote de armas e munições estrangeiras fornecidas às tropas ucranianas pelos Estados Unidos e países europeus”. Não foi possível confirmar de forma independente a alegação russa, que não dizia quais tipos de armas estavam alojadas nos hangares.

A Rússia alertou os Estados Unidos que grandes entregas ocidentais de armas para a Ucrânia estariam alimentando o conflito, que já dura nove semanas.

Os Estados Unidos e a Otan (aliança militar liderada pelos EUA) descartaram enviar suas próprias forças para a Ucrânia, mas Washington e seus aliados europeus vêm fornecendo grandes quantidades de armas a Kiev, incluindo drones e mísseis antiaéreos e antitanque.

O conflito, que entrou no terceiro mês, é cada vez mais intenso no Leste e Sul da Ucrânia, onde a Rússia concentra atualmente seus esforços militares.

O ministério ucraniano da Defesa informou que as tropas russas tomaram o controle de várias localidades do Leste, tanto na região de Kharkiv quanto em Donetsk.

Mas o conflito também pode afetar o Oeste da Europa, após várias explosões na região moldava de Transnístria, na fronteira com a Ucrânia e ocupada pelas forças de Moscou há décadas.

As autoridades dessa região separatista afirmaram que Cobasna, uma localidade na fronteira com a Ucrânia e com importantes depósitos de munições do Exército russo, foi alvo de disparos nesta quarta-feira.

Fonte: Globo