Fonte: Fernando Trein, professor de marketing esportivo da ESPM
O litígio do jogador da seleção brasileira de futebol Vinicius Jr. com a Nike está longe de terminar. O atleta do Real Madrid, que tem contrato com a empresa junto com outros 10 jogadores da seleção, está se sentindo desprestigiado pela companhia, enxerga tratamento injusto e entrou em rota de colisão com a empresa de material esportivo.
Segundo Fernando Trein, especialista em marketing esportivo e professor da ESPM de Porto Alegre, a Nike esperava que o jogador usasse na Copa do Mundo o modelo mais recente da chuteira, como fizeram outros jogadores da seleção, por exemplo, que têm contrato com a empresa. Mas Vini, desde a preparação em Turim, na Itália, segue calçando o modelo antigo.
Para o especialista, é importante que as marcas estabeleçam processos que possam evitar situações do tipo, ou seja, a empresa precisa acompanhar os seus patrocinados, no sentido de verificar se existe alguma dúvida ou insatisfação a ser aparada. “Os contratos devem estabelecer compromissos de ambas as partes, com aberturas para que tanto empresas como atletas sejam permitidos a manifestação em algum momento. Reuniões periódicas para evitar desgaste como vem ocorrendo com o Vini Jr. e a Nike são importantes e fazem parte de uma relação que está sob contrato”, afirma.