Atualmente, o tratamento da doença é feito a partir do uso de medicamentos antivirais já disponíveis no mercado
O Rio Grande do Norte ainda aguarda o resultado dos exames laboratoriais das mais de 31 aves encontradas mortas no litoral do estado, no início desta semana. O estado cumpre protocolos estabelecidos pelo Governo Federal, mas o imunologista e pesquisador do LAIS, Leonardo Lima explica que: “o momento não é de alarde, pois os casos registrados até o momento no país, são pontuais. Sendo importante ressaltar que, assim como humanos, a aves também são atingidas por doenças respiratórias”.
O vírus H5N1, assim como qualquer outro vírus, possui fácil disseminação em decorrência de suas condições genéticas podendo favorecer o surgimento de novas epidemias, porém “diferente do que ocorreu no período da COVID, o vírus da influenza aviária é transmitido entre animais contaminados e humanos, sendo a disseminação entre humanos um caso mais raro”, afirma o especialista.
Atualmente, o tratamento da doença é feito a partir do uso de medicamentos antivirais já disponíveis no mercado.
Apesar de ainda não existir uma vacina especifica para tratar o vírus da influenza aviária (H5N1) em humanos, o Instituto Butantan anunciou nesta semana o estudo e desenvolvimento de doses-piloto. O desenvolvimento está sendo feito a partir de cepas já existentes, seguindo o padrão dos imunizantes já disponíveis no sistema de saúde. Ainda segundo o Instituto, o primeiro lote-piloto já está pronto para iniciar os testes pré-clínicos e assim, possa estar seguindo para as demais fases.
PREVENÇÃO
Leonardo Lima reforçou os cuidados que precisamos ter nesse período, como: “não ter contato com animais silvestres que possam ser encontrados mortos ou em situações cambaleantes, principalmente aves silvestres que estão em seu período migratório e acionar imediatamente os órgãos locais competentes”.
A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP), disponibilizou o telefone do 190 e o e-mail: protocoloidiarn@gmail.com, para que a população possa estar informando sobre a localização de aves mortas.
ECONOMIA
Ainda segundo o especialista do LAIS o maior impacto pode ser para o setor do agronegócio que possa vir a ter prejuízos em decorrência de possível mortalidade das aves. Mas tranquiliza a população de que os produtos derivados das aves como ovos ou a própria carne de frango não passam por esse processo de contaminação.
H5N1 NO BRASIL
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) declarou na última segunda-feira (22) o estado de alerta zoosanitária em todo território nacional, mediante a confirmação de casos de gripe aviária em aves silvestres, no Rio de Janeiro e no Espirito Santo. A partir do anuncio os estados começaram a adotar protocolos para evitar a disseminação do vírus da influenza aviária. Vale ressaltar que em mais de duas décadas são os primeiros casos registrados no país.
Fonte: Diário do RN