Após 12 horas de imersão, estudantes do Colégio Porto apresentam soluções para tornar cidades sustentáveis

Colégio Porto

 

Transporte, saneamento básico, destinação de resíduos sólidos, combate ao trabalho infantil. Essas foram algumas das discussões levantadas nesta segunda-feira (05) durante o Hackaton Educacional do Colégio Porto, realizado em parceria com o Sebrae. Os estudantes viveram uma imersão de 12h em busca de soluções para problema relacionados com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 11 (ODS 11), da ONU, que prevê tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.

Na sede da escola, ficaram os alunos do ensino fundamental II. Cerca de 125 estudantes participaram, divididos em grupos. Ao final, cada grupo teve 3 minutos para apresentar o resultado dos seus debates. Mariana Holanda, do 6º ano, foi a primeira a se apresentar. Junto com os colegas, ela sugeriu usar aterros sanitários para produzir energia de biogás. “Esse tipo de energia seria a mais sustentável para a nossa cidade, porque ela é mais acessível do que a energia hidrelétrica”, explicou.

Na sede do Sebrae, ficaram 140 estudantes do ensino médio. Bruno Santos, da 2ª série, disse que experiência do Hackaton foi incrível. Segundo ele, a experiência proporcionou vivenciar um pouco de como será o futuro no mercado de trabalho, com o desenvolvimento de estratégias de argumentação e criação de negócios. O grupo de Bruno apostou na criação de meios de transportes acessíveis para pessoas com deficiência nas periferias. “Até 2030, 80% da população mundial viverá nas cidades e nós temos que encontrar soluções para esses problemas no Brasil e no mundo”.

Para a orientadora pedagógica do Colégio Porto, Kennia Ísis, o objetivo da atividade foi cumprido. “O motivo disso tudo aqui foi pensar na nossa realidade, o que a gente tem na nossa cidade que podemos parar, refletir e transformar, dentro de uma perspectiva de cidade sustentável, como prevê a Agenda 2030 da ONU, com as suas 17 metas, entre elas, a ODS 11”.

Resultados

As melhores soluções apresentadas pelos estudantes foram premiadas pela escola. No ensino fundamental II, o primeiro lugar ficou com a equipe “Charmel”, do 9º ano, dos estudantes Raissa Galvão, Ana Beatriz Azevedo, Carolina Borges, Letícia Bezerra, Maria Luisa Guanabara, Heitor Castro e Eduardo Revoredo. Eles se concentram na problemática da poluição do ar e sugeriram a criação de um aplicativo para medir os poluentes dos veículos. Aqueles que poluíssem menos, acumulavam pontos e trocavam por benefícios com apps parceiros.

A segunda colocação ficou com o grupo “Os Felix”, do 8º ano, dos alunos Maria Fernanda Sales, Sofia Maciel, Livia Maia, Laura Aby, Maria Luiza Moura, Yohana Borges e Guilherme Assunção. Eles sugeriram que Ongs participassem do processo de organização de ocupações irregulares, reunindo pessoas em situação de rua em comunidades.

No ensino médio, a iniciativa vencedora falou sobre acessibilidade e inclusão social. Os estudantes criaram uma persona indígena chamada Iara, que possui deficiência de locomoção. O grupo sugeriu criar uma empresa que barateasse a produção de cadeiras de rodas. Parte do dinheiro arrecadado seria destinado para incentivar a valorização da cultura indígena. O grupo “Fênix” foi formado pelos estudantes Gabriella Cavalcanti, Gabriely Soares, Maria Liz, Maria Luiza Paulino, Amanda Pantaleo, Giovana Mattioli e Marianne Feijó, da 1ª série.

Já o segundo lugar, ficou com o grupo “Drop”, da 2ª série. Eles apresentaram a ideia da criação de um instituto com o objetivo de ajudar as pessoas a encontrar sua identidade na sociedade e tirar pessoas do estado de vulnerabilidade social, com três frentes: cultura, engajamento profissional e educação/lazer. O grupo foi formado pelos alunos Ana Karolina Dias, Gabriella Paz, Beatriz Delgado, Valentina Pascoal, Thiago Revoredo, Bruno Rosado e Thyago Alves.