Livro de escritor potiguar entra em pré-venda na Amazon

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Um casamento, três reencontros, e a cabeça de um anjo sem memória. “Reinventando Denise” (Companhia Editora Nacional), o segundo romance do escritor e ilustrador potiguar Aureliano Medeiros, é sobre começar de novo e criar novos sentimentos. O livro está em campanha de pré-venda desde meados de julho, e será lançado oficialmente on-line no próximo dia 15 de agosto. Quem comprar previamente também receberá um pôster da obra, assinado por Aureliano, o autor que escreve e também desenha suas histórias.

“Reinventando Denise” é sobre três amigos, Denise, Bianca e Lúcio. O encontro do trio  durante um casamento em Natal tinha tudo para ser um recomeço. Como se fosse possível ignorar qualquer coisa que tivesse acontecido antes. Mas se nem a estátua de um anjo assustador sairia intacta, como salvar a memória do passado? Ainda mais quando ela está entrelaçada com os sonhos e uma trilha musical meio anos 80. Na viagem para Pipa, as possibilidades de reinventar os sentimentos e a amizade serão renovadas.
Aureliano já havia feito barulho com seu primeiro romance, “Madame Xanadu”, mas ressalta que o atual é bem diferente do anterior. “O ‘Madame’ foi lido como uma história muito triste, então agora eu quis fazer uma trama alegre, pra cima, me comunicando de outra forma com o leitor. Então ‘Reinventando’ é muito diferente do outro livro nesse sentido”, explica.

Anjo caído 
Em comum com o livro anterior, os cenários potiguares e os personagens saídos do underground natalense. Mas a inspiração maior veio de uma cena vista por Aureliano em 2016: “Estava andando por Ponta Negra e vi a cabeça da estátua do anjo azul, abandonada no meio de uma praça. Aquilo ficou me assombrando por dias, até eu sentir que havia uma história naquilo”, conta.
O autor faz menção à estátua do ‘anjo azul’, uma escultura de 12 metros, feita de ferro e concreto pelo artista José Jordão. A obra esteve de 2007 a 2010 em uma galeria de arte do Tirol, chamando atenção na avenida Hermes da Fonseca. Quando o local fechou, começou o “drama” do anjo: foram pensados vários destinos e endereços para a obra, mas devido ao seu tamanho, os planos eram abortados. Até que ela foi desmembrada e levada para o conjunto Alagamar, em Ponta Negra, onde ficou abandonada e deteriorada até 2020.
Para Aureliano, o caso da estátua do anjo azul é bastante emblemático do pouco apego que Natal tem à própria história. “Ao anjo azul foi negado o direito de se tornar memória. Isso infelizmente  é comum por aqui, então eu quis resgatar essa história como inspiração e também como uma justiça poética”, explica.
“Reinventando Denise” foi escrito entre dezembro e fevereiro, num processo tão rápido que surpreende até o próprio autor. “Estava na Bienal do Livro de São Paulo no ano passado, joguei uma ideia que ainda estava só fermentando na minha cabeça para a editora, e ela topou. Escrevi a história em três meses e foi incrível como as coisas foram acontecendo”, diz. Ele ressalta que pretende fazer um lançamento presencial em Natal, mas como a editora é de São Paulo, precisa fazer uma parceria local antes. O livro já pode ser comprado na Amazon.
Serviço: 
“Reinventando Denise”, de Aureliano Medeiros. Pré-venda até 15/08, na Amazon.
https://www.amazon.com.br/Reinventando-Denise-Aureliano-Medeiros/dp/6558811685/ref=sr_1_1?qid=1691523729&refinements=p_n_publication_date%3A5560471011&s=books&sr=1-1