Engenharia do CEUB utiliza Inteligência Artificial para otimizar protocolos médicos em UTI

 

Em parceria com o IGES DF, o projeto desenvolverá diagnóstico baseado em dados reais de pacientes internados

O curso de Engenharia de Computação do Centro Universitário de Brasília (CEUB) irá desenvolver uma solução baseada em Inteligência Artificial para otimizar a administração de antibióticos, oferecer tratamentos personalizados e reduzir os custos do Hospital de Base. A iniciativa, em parceria com o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGES DF), marca o início da execução do projeto, que seguirá com a análise dos protocolos aplicados pela Comissão de Controle de Infecção (CCIH/HBDF).
Maruska Bueno, coordenadora dos cursos de Engenharia do CEUB, explica que será desenvolvido um parâmetro ou algoritmo que permita o uso mais racional de antibióticos administrados na UTI do Hospital de Base do DF/IGES, por meio da análise de dados reais de forma anônima. “A aplicação da Inteligência Artificial na área da saúde permitirá elaborar uma solução para desafios relacionados ao uso de antibióticos na UTI”, afirma Maruska. Professores e alunos dos cursos de Engenharia e Medicina irão executar o projeto em conjunto.
Para o diretor-presidente do IGES-DF, Juracy Cavalcante, os benefícios que essa evolução tecnológica pode trazer para os pacientes e a sociedade são incalculáveis. Ele destaca que o Instituto de Gestão Estratégica tem um propósito claro: incorporar a tecnologia como um alicerce fundamental para promover o avanço na área da saúde. “Temos condições de fomentar soluções com potencial para passar não só pelos hospitais do Distrito Federal, mas de todo o Brasil”, celebra.
O uso de dados processados por mecanismos de inteligência artificial é considerado um avanço na busca por soluções que melhorem os protocolos clínicos, permitindo tratamentos mais eficazes e atendimento de qualidade aos pacientes das UTIs. “A expectativa é que esse projeto tenha um impacto significativo na otimização dos protocolos da CCIH/HBDF e redução dos custos hospitalares”, completa Maruska Bueno. Além do aprendizado prático, os alunos serão incentivados a desenvolver competências nas áreas de engenharia de computação e medicina.
Como vai funcionar?
O projeto considera a elaboração de diagnóstico abrangente, incluindo a identificação de pacientes que fazem tratamentos com antibióticos conforme diretrizes da CCIH e casos de uso destes medicamentos fora dos limites estabelecidos. Na prática, a partir dos dados da unidade de saúde, serão identificadas as necessidades dos pacientes em colaboração com o IGES DF.
O pré-processamento de dados garantirá qualidade e aplicação de técnicas de mineração de dados para identificar padrões e selecionar requisitos para direcionar a pesquisa. Na sequencia, será criada uma solução baseada em inteligência artificial para otimizar a administração de antibióticos, oferecendo tratamentos personalizados e mais eficazes. A expectativa é que 40% dos prontuários possam ser personalizados com o auxílio desta solução.