Fecomércio RN reitera posicionamento contrário à manutenção do aumento do ICMS no estado 

A Fecomércio Rio Grande do Norte, na condição de principal entidade representativa do segmento do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado, manifesta surpresa e perplexidade com o anúncio recente da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz-RN) acerca da intenção de manter a alíquota de 20% do ICMS no RN, em 2024.

 

Como viemos alertando, nosso estado perde competitividade. Nosso vizinho, a Paraíba, apesar da recente aprovação no aumento da alíquota para o ano que vem, anunciou no início deste ano um conjunto de medidas de incentivo fiscal, reduções, isenções de impostos e de inovação, o que já tem se refletido na geração de empregos e crescimento da economia.

 

Enquanto isso, no Rio Grande do Norte, estamos pagando o preço do aumento de impostos desde abril.  Também vale frisar que, mesmo com pequenas altas no saldo de empregos formais calculado pelo Caged, até agosto, o cenário aponta que fecharemos 2023 abaixo dos resultados de 2022.

 

Além disso, no primeiro semestre, somente em Natal, os percentuais de endividamento das famílias chegaram a 88% e de inadimplência a 47%, acima das médias nacionais, segundo estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

 

Dados da própria Sefaz-RN mostram que, em doze meses, não houve perda efetiva de arrecadação de ICMS no contexto global, visto que, apesar da queda de R$ 366 milhões na arrecadação das “Blue Chips” (telecomunicações, combustíveis e energia elétrica), houve aumento de R$ 617 milhões na arrecadação total, ou seja, o crescimento nos demais segmentos da arrecadação deixou um saldo superior a R$ 250 milhões, mais que suficiente para a compensação.

 

Além disso, ontem (04), o Senado aprovou uma PEC que destina R$ 10 bilhões a serem repassados antecipadamente este ano aos estados ainda a título de compensação pela perda de receita provocada pela redução do ICMS incidente sobre combustíveis, vigente de junho a dezembro de 2022 (PLP 136/2023). O RN deve ficar com cerca de R$ 350 milhões deste valor, dos quais cerca de R$ 90 milhões devem ir para os municípios e os R$ 260 milhões restante ficar com o estado.

 

Por fim, entendemos que é preciso que o Congresso se posicione com brevidade e, se for o caso, esclareça melhor a regra de transição proposta na Reforma Tributária, relativas ao IBS e CBS, e sobretudo as compensações previstas para serem custeadas com o Fundo de Equalização. Caso os recursos estimados para esse Fundo sejam suficientes para manter os níveis de arrecadação com o ICMS atual quando da implantação do IBS, não há motivos para a correria dos estados na busca por aumentar as suas alíquotas modais.

 

Por outro lado, se os recursos não forem suficientes, parece ainda mais imperativo que o Senado debata um modelo que não estimule esta alta generalizada das alíquotas modais que, na prática, acabam por elevar sobremaneira a carga tributária do país.

 

É sabido que o aumento da carga tributária gera, em consequência, a elevação dos preços dos produtos e serviços, reduzindo, sintomaticamente, os níveis de consumo. Tudo isso, infelizmente, levará à queda na arrecadação tributária do estado, em sentido totalmente inverso ao pretendido.

 

Com esse cenário posto, os principais penalizados serão os consumidores e os empregos do Rio Grande do Norte.

Governo do RN assina na Espanha acordo que viabiliza produção de hidrogênio verde

Acciona Nordex Green Hidrogen fabrica equipamento essencial para nova fonte energética

 

 

Em continuidade à agenda de trabalho na Espanha, a governadora do RN Fátima Bezerra se deslocou, na tarde desta quarta-feira (04), à cidade de Puertollano, distante 241 quilômetros de Madrid, onde se reuniu com dirigentes da indústria de eletrolisadores Acciona Nordex Green Hidrogen, S.L. e assinou Memorando de Entendimento para o desenvolvimento de cadeia industrial de hidrogênio de baixo carbono e energias eólica e solar no Rio Grande do Norte.
 
Eletrolisadores são equipamentos imprescindíveis para a produção de hidrogênio verde. Em Puertollano, a comitiva do RN visitou a planta de eletrolisadores e o laboratório de desenvolvimento da Nordex. “Estamos dando mais um passo importante para alavancar o nosso estado nas energias renováveis. Assinamos o memorando com a Nordex, que vai possibilitar toda a cadeia de produção de hidrogênio verde, contemplando a estrutura do nosso porto indústria”, afirmou a governadora Fátima Bezerra.
 
O Coordenador de Desenvolvimento Energético da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec), Hugo Fonseca, explicou que a Nordex desenvolve tecnologia própria para produção de hidrogênio verde e isso vai reduzir custos na instalação da cadeia industrial e na cadeia de produção. “É o primeiro memorando deste tipo, que a empresa assina com um governo brasileiro. Para o RN isso é muito importante e vai impactar em todo o país”, declarou Hugo Fonseca.
 
Em Puertollano, a governadora esteve acompanhada dos secretários de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec), Jaime Calado, da Agricultura, Pecuária e Pesca (Sape), Guilherme Saldanha e da Assessora Especial de Governo, Guia Dantas.
 
A EMPRESA
Em abril de 2016, a Acciona Windpower fundiu-se com a empresa alemã Nordex para se tornar um dos principais fabricantes mundiais de turbinas eólicas e equipamentos para energias limpa. A Acciona é hoje a principal acionista do Grupo Nordex.
 
No mercado brasileiro desde 2013, e com sede em São Paulo, o Grupo Nordex produz torres de concreto para turbinas em suas próprias fábricas. A grande maioria das torres de concreto da empresa tem material adquirido localmente, reduzindo custos de transporte associados à produção remota e criando cerca de 250 empregos por fábrica de torres de concreto.
 
Além das oportunidades para o desenvolvimento econômico local, a pegada de carbono das torres da Nordex é 40% menor em comparação com torres de aço da mesma altura. A empresa também utiliza pás de rotor fabricadas localmente no Brasil. Isto torna possível atender aos requisitos locais de criação de valor.