Segundo o professor Paulo Gerson, objetivo é minimizar os impactos com o meio ambiente
Em pleno período de festas de fim de ano, veraneio e com a injeção de ganhos extras como bônus e 13º salário, aumenta o consumo de forma exponencial. Época de grande lucratividade para o varejo, o momento exige do consumidor o exercício de não se deixar tomar pelo impulso e de adotar medidas que contribuam para comprar de forma consciente.
De acordo com o professor da Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, Paulo Gerson, o conceito de “Consumo Inteligente” passa pelos seguintes questionamentos: consumir é um impulso, uma necessidade ou me oferece qualidade de vida?
“Consumo Inteligente” significa procurar informação prévia sobre um produto ou serviço, examinar e comparar marcas, preços e garantias, a fim de tomar uma decisão que se adeque às necessidades e economia de um indivíduo. “Ao longo dos últimos anos, foram acrescentadas qualificações para definir o que é o consumo inteligente e seu importante papel numa sociedade voltada para o consumo”, afirma o docente.
Paulo explica ainda que há cinco atributos que afetam a saúde financeira, seja no momento do consumo ou no futuro, e que se recomenda que sejam considerados. São eles:
Responsabilidade
Ao consumir é importante que as necessidades individuais reais sejam satisfeitas e também que o consumo não prejudique a conservação ambiental e a igualdade social.
Ética
Para ter em conta as implicações sociais do nosso consumo e para valorizar as opções mais solidárias, justas e ecológicas.
Saúde
Consumir produtos benéficos para cuidar, encorajar e manter bons hábitos de vida que melhorem e contribuam para a nossa saúde física e emocional.
Sustentabilidade
Consumo que ajude ou, pelo menos, não prejudique o desenvolvimento sustentável. Satisfazer as nossas necessidades hoje sem prejudicar as gerações de amanhã.
Solidariedade
Se possível, encorajar o consumo de produtos do comércio justo, uma vez que tem um impacto favorável na produção nos países subdesenvolvidos. “Pensar em um consumo consciente é ir na contramão ao que acontece naturalmente dentro do mercado, tanto em relação aos impulsos do consumidor, quanto no investimento em empresas que não consideram processos sustentáveis com produtos e funcionários”, explica Paulo.
Dicas
Pensando em formas objetivas de auxiliar quem deseja colocar em prática a cultura do Consumo Inteligente, o professor da UnP dá algumas dicas que vão desde a importância do planejamento até o cuidado com a saúde mental antes de consumir algo.
“O planejamento é algo simples, mas que muita gente esquece de fazer. O ideal é fazer uma lista detalhada com os itens desejados, de forma antecipada, e refletir se estes estão dentro do seu orçamento. No ato da compra, pesquise os melhores valores e opte por produtos duráveis, que supram uma necessidade real e duradoura. Evite comprar em momentos de tristeza ou ansiedade. Nossas emoções podem conduzir nossas atitudes e, no momento do consumo, é importante estar ciente do que realmente importa”, pontua Paulo Gerson.