Volta às aulas: saiba com se preparar para esse momento

 

*Volta às aulas: saiba com se preparar para esse momento*

A volta às aulas é um momento ansiosamente aguardado pelos estudantes. Ela representa o início de um novo ciclo e é, também, um momento para reencontrar amigos e colegas.Estar preparado para voltar às aulas é essencial para começar um ano de estudos com o pé direito. Afinal, dessa forma é possível (re)organizar a rotina e se planejar para novos desafios. Para recepcionar os estudantes, o coordenador do Colegio e Curso Zerohum, Carmelo Costa, diz que “Incorporar atividades de integração e jogos lúdicos é uma estratégia excelente para quebrar o gelo no primeiro dia e facilitar a interação, estimulando novas conexões, o que ajuda a aliviar a ansiedade”.

De acordo com o coordenador, criar um cronograma que vá de acordo com as suas limitações. Não tente fazer rotinas extremamente rígidas e pouco realistas, pois isso pode afetar o seu psicológico e autoconfiança. “Nós temos que incentivar a estudar , mas sempre respeitando os limites de cada um”, destaca Carmelo.

Ao criar sua rotina de estudos, não deixe de considerar os períodos que precisa aproveitar com a família. Uma tarde no parque, um cinema no sábado à noite ou uma viagem durante as férias, são essenciais para manter a mente no lugar.

Antes de tudo, para se preparar para voltar a uma sala de aula, é preciso ter em mãos os materiais escolares que irá usar. Eles são essenciais para fazer suas anotações e manter uma organização entre cada disciplina da escola.Na última semana de férias, algo indispensável para o desempenho e concentração é organizar seu sono. O sono influencia diretamente na capacidade de raciocínio e, quando desvalorizado, pode prejudicar os estudos. “Por isso, ao se preparar para voltar às aulas, estabeleça horários para você dormir e acordar. Muito provavelmente o seu corpo acostumou-se a dormir até mais tarde durante as férias. Porém, este é o momento para reverter o hábito”, orienta o mentor Carmelo Costa.

Agora prepare-se! Depois de um longo período de férias e festas de final de ano, esse é o momento para rever velhos amigos. Então, esteja preparada para esses momentos de descontração também.

Futuro do trabalho: Quais são as perspectivas para 2024?

Geração Z, trabalho intermitente e direito dos trabalhadores de aplicativos estão entre os temas que devem estar em evidência em 2024.

Com 2024 se aproximando e uma era cada vez mais digital na sociedade contemporânea, assim como nas relações de trabalho, o Brasil caminha para algumas mudanças estruturais neste setor no próximo ano.

De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país tem hoje 8,3 milhões de desempregados, menor registro no país desde 2015.

“A expectativa do governo atual é que a retomada de políticas sociais que deram certo em gestões anteriores e a criação de políticas que estimulem não apenas a economia, mas também o mercado de trabalho, gerem uma menor necessidade de compensar perdas de emprego e rendimento domiciliares”, explica Ágatha Otero, advogada do escritório Aparecido Inácio e Pereira.

Perspectivas trabalhistas para 2024

O próximo ano deverá trazer mudanças significativas impulsionadas por avanços tecnológicos, além de transformações sociais e demandas de consumo em evolução. Neste contexto, é necessário que empresas e profissionais se adaptem aos novos moldes de trabalho.

Além disso, questões como os direitos dos trabalhadores de aplicativo, o possível fim do saque aniversário do FGTS e pontos trazidos pelas Reformas Trabalhista e Previdenciária podem ser revistos em 2024.

“A perspectiva é de que, assim como estamos vivendo a era mais digital, as expectativas para o mercado de trabalho em 2024 estejam alinhadas a essas características”, comenta a advogada.

Nova geração de trabalhadores

O cuidado com a saúde mental é um dos principais tópicos de atenção para os trabalhadores, principalmente após o período pandêmico. Hoje, apesar do retorno aos modelos híbridos de trabalho, e até mesmo o presencial, os colaboradores têm buscado cada vez mais balancear o emprego e a vida pessoal.

“Cada vez mais, os profissionais buscam por um trabalho que se molde às suas vidas, e não o oposto. Isso é mais evidente na geração Z, que costuma buscar cargos em consonância com seus objetivos e aspirações pessoais”, opina Ágatha.

Diante deste cenário, as empresas vêm a necessidade de se adaptarem, passando a oferecer um pacote de bem-estar abrangente, indo além de salários atrativos e benefícios tangíveis.

Trabalho intermitente não deve ser visto como solução em 2024

Dentre as alterações trazidas pela Reforma Trabalhista, a criação do trabalho intermitente caracteriza-se efetivamente como a medida relacionada, diretamente, às modalidades de contratações e, portanto, em tese é capaz de propiciar a geração de emprego.

Contudo, o mau uso deste novo tipo contratual, faz com que sua utilidade se restrinja às atividades empresariais marcadas pela sazonalidade ou períodos excepcionais, por instituir flexibilidade na absorção da força de trabalho, desonerando o empregador durante os períodos de inatividade do trabalhador.

“Fica evidente a insuficiência de mecanismos eficazes para combater problemas estruturais de formação, qualificação e requalificação profissional, sobretudo em razão das mudanças impulsionadas pela revolução tecnológica”, finaliza a especialista.

Sobre a Dra. Agatha Flávia Machado Otero

Bacharela em Direito pela Universidade Santo Amaro e pós-graduanda em Direito e Processo do Trabalho pela Escola Paulista de Direito.

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Dra. Ágatha Flávia Machado OteroDivulgação

Professor de Direito comenta regras de lei que cria oficialmente o protocolo “Não é Não”

 

Legislação foi sancionada e estabelece diversas obrigações a restaurantes, bares e casas de eventos

 

 

Um conceito que emergiu como ícone de resistência contra o assédio sexual feminino agora batiza uma recente legislação nacional dedicada ao enfrentamento desse tipo de violência. Chamada de “Não é Não” e sancionada semanas atrás pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a lei é direcionada para locais como casas noturnas e shows. Ela visa prevenir o constrangimento e a violência contra a mulher, além de instituir o selo “Não é Não – Mulheres Seguras”.

 

Esta legislação entrará em vigor em todo o território nacional após 180 dias da sua publicação, ou seja, no final do mês de junho, mas requer compreensão do que deve ser implementado. Nessa perspectiva, o advogado Douglas Araújo, que também é professor de Direito da Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, explica as principais diretrizes da Lei

 

De acordo com o docente, o protocolo “Não é Não” deverá ser implementado por casas noturnas, boates, espetáculos musicais realizados em locais fechados, em shows com venda de bebida alcoólica, visando promover a proteção das mulheres, prevenir e enfrentar o constrangimento e a violência contra elas. A lei traz como exceção os eventos de natureza religiosa.

 

“A lei impõe várias obrigações aos respectivos estabelecimentos, assim como a adoção de medidas sempre que observar ou presenciar uma possível situação de constrangimento ou violência e, com isso, a necessidade de assistência à vítima”, afirma.

 

Pelo protocolo, o estabelecimento deve proteger a mulher, adotar as medidas de proteção previstas na lei, afastar a vítima do agressor, inclusive do seu alcance visual, garantir o acompanhamento da vítima por pessoa de sua escolha, identificar possíveis testemunhas do fato, acionar as autoridades policiais, isolar o local específico onde existam vestígios da violência, garantir o acesso das câmeras de segurança à Polícia Civil e as autoridades diretamente envolvidas, preservar, pelo período mínimo de trinta dias, as imagens relacionadas com o ocorrido e garantir os direitos da denunciante.

 

Compete, também, aos estabelecimentos comerciais enquadrados pela norma capacitar e qualificar pelo menos um membro de sua equipe para executar o protocolo “Não é Não”; manter, em locais visíveis, informação sobre a forma de acionar o protocolo “Não é Não”, os números de telefone de contato da Polícia Militar, da Central de Atendimento à Mulher (Disque 180).

 

Os estabelecimentos também poderão adotar ações que julgarem cabíveis para preservar a dignidade e a integridade física e psicológica da denunciante, retirar o ofensor do estabelecimento, além de criar um código próprio, divulgado nos sanitários femininos, para que as mulheres possam acionar os funcionários do estabelecimento.

 

“As empresas que implementarem o protocolo “Não é Não”, conforme regulamentação legal, receberão do poder público o selo “Não é Não – Mulheres Seguras” e constarão na lista “Local Seguro Para Mulheres”, mantida e divulgada também pelos órgãos públicos. Em contrapartida, aquelas que descumprirem total ou parcialmente o protocolo poderão sofrer advertência, serem excluídas da lista e outras penalidades previstas em lei”, explica Douglas.

 

Ainda segundo Araújo, a iniciativa legislativa é positiva e conjuga a responsabilidade social das empresas com uma questão de segurança e saúde pública que é a violência de gênero contra a mulher.

 

“A lei obriga e incentiva as empresas a adotarem medidas de prevenção e enfrentamento ao constrangimento e a violência sofrida pelas mulheres, posicionando esses estabelecimentos dentro do debate público em torno desse tema de extrema relevância social. Disseminar uma cultura não violenta, de respeito e igualdade de gênero é, sem sombra de dúvida, o principal caminho para suplantar esse problema. Esperamos que a lei seja realmente implementada e não seja mais uma legislação simbólica e sem efetividade”, frisa o docente, que também é Mestre em Direito e Especialista em Ciências Criminais e Segurança Pública, além de coordenar o projeto Rede de Proteção à Mulher da UnP.