Câncer em animais de estimação é uma realidade que merece cada vez mais a atenção dos tutores

 

Avanços na medicina veterinária garantem mais rapidez no diagnóstico e qualidade de vida para pets oncológicos

 

Como em seres humanos, cães e gatos podem apresentar tumores que vão necessitar de atenção dos tutores e de auxílio profissional para um diagnóstico correto e preciso. Algumas raças são mais propícias a determinados tipos de câncer, segundo Felipe Câmara, médico veterinário e professor de Medicina Veterinária da Universidade Potiguar (UnP), instituição integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima.

 

“No caso dos cães, sabemos que os tumores malignos podem ter predisposição genética, mas também fatores ligados a raças, como Boxer, Poodle, Dachshund, também conhecido com os salsichinhas e retrievers, estão mais predispostos aos aparecimentos das neoplasias”, afirma.

 

Dentre os tumores mais comuns que são encontrados na rotina clínica estão os casos de neoplasias mamárias, como os carcinomas, e o câncer de mama. O especialista explica que ele surge, muitas vezes, devido ao uso indiscriminado de anticoncepcionais para evitar o cio desses animais, como nas gatas. “O seu diagnóstico é bem simples, fruto de um bom exame clínico, apalpando a cadeia mamária do animal e com a realização de uma punção nodular na região”, explica Câmara.

 

Já os sintomas de câncer de próstata em cães variam muito, mas podem ser equiparados aos sintomas observados nos homens quando acometidos pela neoplasia. “Basicamente, resumem-se a dificuldades de urinar, dificuldade de evacuar, dor ao urinar, presença de sangue na urina, perda do apetite e febre”, detalha o veterinário.

 

Prevenções e tratamentos

O tratamento oncológico em pets é semelhante ao tratamento para humanos em muitos aspectos, embora haja algumas diferenças específicas. O tratamento depende do tipo de câncer, do estágio da doença, da idade e da saúde geral do animal.

 

Ele pode envolver algumas situações, como cirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia, Terapias complementares também podem ser consideradas. A abordagem é personalizada, com foco no bem-estar do animal e minimização de efeitos colaterais.

 

“Manter uma rotina de acompanhamento com um médico veterinário pode ser definitiva para a vida do animal. Além disso, fatores como alimentação adequada, castração precoce, promoção de atividades físicas, exposição controlada ao sol e evitar que o animal inale fumaças de cigarros e poluição, são medidas fundamentais para a saúde do pet”, finaliza Felipe Câmara.