Dia: 31 de maio de 2024

Simone de Melo Norat Campos – Dentista Casa Durval Paiva – CRO 1784

A higiene oral é importantíssima nos pacientes em tratamento contra o câncer. Os protocolos de higiene bucal têm por objetivo prevenir e evitar a instalação e agravamento de doenças bucais com potencial para interromper o tratamento oncológico. O ideal é que a equipe de odontologia desenvolva protocolos de higiene oral sistemática para os pacientes, de acordo com o perfil clínico.

A higiene bucal deve ser realizada duas a três vezes por dia, sendo a última sessão de higiene para após a última refeição do dia, para os pacientes que se alimentam via oral. Toda a mucosa oral e língua deve ser higienizada por meio de gaze úmida enrolada no dedo indicador com espátula de madeira descartável umedecida em solução de clorexidina a 0,12%, sem álcool ou outra solução antisséptica.

A higiene dos dentes é realizada com escovas extra macias e cabeças pequenas. Pacientes com lesões bucais sintomáticas como, por exemplo, mucosite oral ou herpes simples, a escovação deve ser realizada com escova de dente extra macia ou substituí-la temporariamente por gaze, até a melhora da dor.

O creme dental não deve ser usado em pacientes com inflamação, ulceração e pós-operatório imediato, nessas condições clínicas a clorexidina a 0,12% sem álcool. O uso do fio dental deverá ser feito apenas por pacientes com plaquetas acima de 50.000/mm3 e neutrófilos acima de 1000/mm3.

A higienização da língua pode ser realizada com a escova dental gaze ou limpador de língua no sentido posteroanterior. Bochechos à base de clorexidina a 0,12% sem álcool são indicados para pacientes que realizaram procedimentos em cavidade oral ou que irão fazer protocolos de quimioterapia, que irão causar imunossupressão (baixar a imunidade).

Finalmente, é oportuno informar que a relevância da importância da higiene oral em pacientes oncológicos internados, da conscientização das equipes de médicos e enfermagem, pode facilitar a manutenção da execução sistemática da higiene oral nas enfermarias oncológicas.

Os pacientes oncológicos da Casa Durval Paiva internados têm uma assistência por parte do setor odontológico, junto a equipe multidisciplinar da enfermaria pediátrica.

 

 

Por meio da Liga Acadêmica de Ensino em Saúde de Práticas de Enfermagem (Laespe), a Universidade Potiguar (UnP) e o Hospital do Coração, em Natal, recebeu o Certificado de Boas Práticas na Gestão de Indicadores de Qualidade e Desempenho, emitido pela Epimed Solutions e a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib).

 

Os alunos do curso de Enfermagem que integram a Laespe têm atuação dentro da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, auxiliando no processo de gerenciamento, obtenção e integração dos dados junto do acompanhamento assistencial do Centro de Terapia Intensiva (CTI).

 

“Para além do ganho de conhecimento adquirido pelos estudantes ao atuarem numa UTI, ter colaborado na obtenção do prêmio, que atesta os índices de gestão nas áreas de Leitos, Recursos, Desfechos, Equipes e Qualidade Assistencial, ainda colabora para uma melhor formação prática dos futuros profissionais”, afirma a orientadora da Laespe da UnP, professora Vera Lúcia.

 

Para a coordenadora adjunta do curso de Enfermagem da UnP, professora Leise Carmelin, a atuação dos estudantes dentro da UTI do Hospital do Coração não só enriquece a formação acadêmica e prática, mas também contribui significativamente para a melhoria contínua dos cuidados intensivos prestados.

 

“A conquista deste certificado destaca a importância da integração entre ensino e prática profissional na formação de enfermeiros altamente qualificados e comprometidos com a excelência na assistência à saúde”, destaca Carmelin.