Especialista explica que a doença é a alergia ocular mais comum, e fatores externos podem contribuir para o agravamento do problema
A última semana de junho, do dia 23 ao 29, é dedicada à conscientização da alergia em todo o mundo. A alergia ocular atinge de 15% a 20% da população mundial, segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Considerada a forma mais frequente de conjuntivite alérgica, a conjuntivite alérgica sazonal está associada às mudanças climáticas, sendo mais prevalente na primavera e no outono. Os sintomas podem variar, mas geralmente costumam ser coceira intensa, vermelhidão, lacrimejamento e sensação de ardência nos olhos. A conjuntivite alérgica perene ocorre o ano todo e é provocada por alérgenos do ambiente, como ácaros, mofo e pelo de animais. Os sintomas se assemelham aos da conjuntivite alérgica sazonal, porém costumam ser menos intensos e mais frequentes. Conjuntivite Papilar Gigante Sendo mais frequente pelo uso de lente de contato, a conjuntivite papilar gigante caracteriza-se pela formação de papilas gigantes na conjuntiva tarsal superior. Os sintomas mais comum são coceiras, sensação de corpo estranho nos olhos, vermelhidão e aumento da secreção da mucosa. A suspensão do uso de lentes de contato e a troca regular delas são fundamentais para higienização e recuperação. Rara, a ceratoconjuntivite vernal é a condição mais grave da doença, afetando principalmente crianças e adolescentes do sexo masculino. Costuma aparecer tipicamente no verão e pode causar sintomas severos como coceira intensa, secreção viscosa, fotofobia e “manchas” na conjuntiva. Ramalho explica que o tratamento pode variar de acordo com a queixa de cada paciente e reforça que, sem um acompanhamento oftalmológico adequado, a doença pode evoluir causando danos permanentes. O tratamento inclui o uso de colírios antialérgicos, medicamentos orais, compressas frias e o especialista recomenda evitar a exposição a alérgenos conhecidos. |